Marcos Oliva é
paulistano com tempero carioca - nascido no verão de 1964 na cidade de São
Paulo, parece ter vindo a Terra com a "música nos dedos". Seus primeiros
contatos com a "boa música" foram ainda no berço, já que foi concebido em uma
família musical, e aos quatro anos de idade já tocava valsas como "Saudades de
Matão". Aos dez anos começou estudar violão com o professor e maestro Rubens
Pavão e, já demonstrando seus dons para "maestro", logo dominava órgão,
piano, cavaquinho e bandolim. Tocando cavaquinho, chegou a se apresentar várias vezes,
entre os 15 e 16 anos de idade, em programas de calouros interpretando músicas como
"Brasileirinho" e "Pedacinhos do Céu", sendo sempre convidado pelas
produções a voltar. Aos 17 começou a tocar na noite em bares paulistanos, e como
tecladista integrou grupos de MPB e Brock. Aos 21 já tocava teclado na tradicional
gafieira paulistana "Garitão Danças", tocando no grupo de sambalanço
"Grupo Conquista". Nessa mesma gafieira, esporadicamente participava como
convidado de shows de artistas ou bandas, como Franco, Waldick Soriano e inúmeros outros
dos mais variados estilos, do samba à música sertaneja... Era o universo musical
percebendo um ícone despontando...E assim seguiu sua juventude - fez curso de
programação de teclados sintetizadores, tendo como professor Lucas Shirahata, cursou
teatro no "Teatro Escola Macunaíma", participou como rádio-ator do elenco do
programa de rádio teatro infantil "Quintal Encantado" que ia ao ar pela
"FM USP", programa para o qual produziu uma das versões da trilha musical de
abertura e encerramento.
Em 1984 deixava a adolescência e partia para o profissional definitivamente - participou
do show de lançamento do disco do sambista Agepê "Mistura Brasileira" (Som
Livre) no antigo evento paulistano "Rua do Samba". A partir desse show passou a
integrar a banda homônima ao disco de Agepê, com quem viajou por mais de um ano tocando
em várias cidades brasileiras. Graças ao disco, um dos primeiros de uma safra de discos
de samba com uma presença muito forte dos teclados eletrônicos nos arranjos (creditados
ao maestro e produtor Rildo Hora), Marcos Oliva pode ser considerado também um dos
primeiros músicos junto aos que participaram da gravação e produção a buscarem uma
linguagem para os teclados eletrônicos dentro de um grupo de samba. "Mistura
Brasileira" também é um marco por ter rompido com a barreira que existia na época,
de não se tocar samba em emissoras populares de rádios FMs.Depois da turnê estudou
harmonia e composição com o maestro Cláudio Beltrani e tocou em alguns grupos:
"Via Veneto", com o grupo de MPB de Marcos Drumond, "Banda Neon", com
o guitarrista e compositor Luiz Vagner (participou da gravação de seu disco com o
pseudônimo de Marcos Lamistre), banda "Amigos Leais" e com o surdista e cantor
"Branca de Neve". Em 1988 entrou para um novo grupo que viajaria para a Corea do
Sul e Japão, para uma temporada de seis meses, interpretando grandes clássicos da
música popular brasileira. De volta ao Brasil em 1989, sendo super requisitado, voltou a
tocar na noite paulistana sendo contratado por grupos musicais e como pianista solista. É
também nessa época que começa a compor com mais regularidade, embasado principalmente
nos conhecimentos transmitidos pelo mestre Cláudio Beltrami e começa a estudar de forma
completamente autodidata, graças aos conhecimentos adquiridos no Japão: as aplicações
e o uso dos computadores na arte da música. A partir de 1994 inicia uma nova temporada de
shows, na banda do cantor e sambista paulistano Thobias. Em 1995 a banda toma porte de
mega produção, com ritmistas, bailarinas, coreógrafos e belíssimos figurinos, somando
23 artistas. O espetáculo viaja para apresentar diversos aspectos da música e da cultura
brasileira em diversas cidades da República Popular da China. De volta ao Brasil, inicia
carreira como sonoplasta, membro da equipe da jornalista Belisa Ribeiro, onde trabalhou em
programas de propaganda política para televisão de candidatos a Governador nos Estados
de São Paulo e Piauí. Foi em Terezina em uma dessas campanhas que veio a conhecer o
músico, cantor e compositor Tiago Mocotó, hoje um de seus parceiros de composição mais
constantes. Nesse período produziu várias trilhas de propaganda para vídeos
institucionais de grandes empresas e aberturas para programas de televisão "Programa
Feiras & Negócios" (Produtora Coarte). A partir de 1996 Marcos Oliva passa a
viver e trabalhar dividindo seu tempo entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Em São Paulo
produzindo trilhas e se apresentando como pianista solista com repertório variando entre
o Jazz e a Bossa Nova. No Rio se dedicando a composição, criando trilhas, tocando na
"Orquestra Anos Dourados", como pianista solista "Casa Suíça",
apresentações junto ao grupo do parceiro Tiago Mocotó . Ajudou a criar e fez parte da
formação inicial do grupo "Detonautas" como "Marquinhos Lobo Bom".
Em março de 2002 viajou com o trio de música instrumental brasileira "Banda de São
Jorge" (Oliva - piano, violão e flautas / Tiago Mocotó - bateria e percussão /
Rodrigo Braga - piano e contra-baixo), tocando em vários pontos da Europa Mediterrânea.
De volta ao Brasil no final de 2002,